Em Fonte-Animal, capital de Tubolândia, a câmara tinha-se reunido numa sessão plenária para se ocupar de um importante problema social: a falta de jogos e diversões para os pequenos da localidade.
- Nossos filhos não têm locais apropriados para brincar e vão para a beira do rio, onde correm o perigo de se afogar, dizia o camelo, de pé no salão principal de reuniões.
- Sim, mas a câmara não tem dinheiro nem meios para resolver esse problema. É verdade que um parque de diversões faz falta. Mas... na realidade, não temos recursos para fazer um investimento desses! Justificou-se o prefeito, por sua vez.
- Eu tenho uma solução que não vai custar um tostão! anunciou, de repente, o camaleão. Vocês verão. Penso que nós próprios, os pais, podemos converter-nos em atrações vivas para nossos filhos, nas horas livres, é claro. Em qualquer local podemos montar o que eu chamaria de “parque de diversões animadas”, continuou a dizer o engenhoso pai de família.
E assim se fez. O elefante e o camelo serviam de escorregador; o rinoceronte, de alvo para as argolas; dois tigres encarregavam-se de balançar os menores sobre seus respectivos dorsos... e assim por diante.
O “parque de diversões animadas” teve tanto êxito, que sua fama se espalhou e chegou aos ouvidos do rei de Tubolândia.
Como era magnânimo, comovido com o esforço daqueles honrados pais, dispôs-se a oferecer pessoalmente ao povo de Fonte-Animal um bonito e moderno parque de diversões, embora não fosse animado como o anterior. De vez em quando, para matar as saudades, os pais iam divertir-se com seus filhos, assumindo seus antigos papéis.