Papai leopardo não tinha remédio. Não pensava senão em beber. Mas não pensem que era água, não! Era vinho!
Os animais noturnos da selva viam-no passar, com ou sem lua, aos tropeções, a caminho de casa, completamente bêbedo. Que triste vício o dele!
- Eu... não estou... b... bê... Bêbedo... não, senho...ra! dizia o leopardo à sua esposa, quando esta censurava sua conduta ao vê-lo chegar a casa a altas horas da noite.
A família era muito infeliz por causa desse problema. As discussões entre o casal eram contínuas e os filhos envergonhavam-se das atitudes do pai.
À parte esse defeito, o leopardo era muito simpático e sociável; por isso tinha muitos amigos na selva. Todos queriam ajudá-lo para que pudesse livrar-se desse horrível vício.
Conseguiram convencer o leopardo de que sozinho talvez ele não conseguisse mudar de hábitos. Formaram, então, um grupo de amigos, com os quais o leopardo passou a encontrar-se semanalmente para falar de seu problema. Dessa forma, e com a ajuda de toda a família também, o leopardo tomou a firma decisão de deixar a bebida, que tanto mal estava fazendo a ele e a sua própria família.